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Revivendo uma história que marca as bases das comunidades acadêmicas no Ceará.
Por Jornalista Odmar Lima, revivendo o momento da história com os cumprimentos a acadêmica:
ABERTURA DA SOLENIDADE - LANÇAMENTO DO SITE DA ALACE - Rejane Costa Barros
ALACE - Cadeira 31
Durante décadas o pintor francês Paul Cézanne pintou a mesma montanha. O Mont Sainte-Victoire, que fica próximo a Aix-en-Provence, chamou a atenção do artista em 1870, quando ele o captou na tela pela primeira vez. Mas aquilo que se tornaria uma obsessão começou após 1880.
Cézanne, todos os dias, passava horas diante da montanha a contemplá-la, magnetizado, completamente deslumbrado. O que é interessante nessa relação do pintor com sua montanha é que ele nunca a viu do mesmo jeito: todas as vezes que a pintou, descobriu uma faceta nova, um detalhe novo, um novo encanto. A montanha de Santa Vitória foi retratada a óleo, guache, grafite. E sempre se mostrava nova e esplêndida.
Paul Cézanne morreria em 1906 e sua última visão da montanha é uma aquarela. Essa técnica de pintura, com tintas diluídas sobre o papel, traduzia finalmente a transparência e simplicidade de expressão que o pintor queria imprimir à paisagem que o apaixonara. Mas se tem a impressão que ele ainda teria muito, o que descobrir sobre a Santa Vitória, se a morte não interrompesse o seu grande fascínio.
Assim, senhoras e senhores, é a nossa Academia onde vários Cézannes a cada dia descobrem novos fascínios sobre essa Montanha, a cada trabalho nos realizamos e nos fortalecemos e descobrimos um novo olhar para o mundo e rebuscando parábolas e analogias, vamos tentando encantar as pessoas que nos visitam.
Sejam todos bem-vindos nessa noite de deleite, peguem seus archotes e nos ajudem a iluminar esse ambiente.
Dividam conosco esse momento de felicidade.